ITPA ou RPA: Qual a melhor forma para Automatizar Processos?
Postado por Fernando Baldin, country manager LATAM da AutomationEdge em 17/07/2024 em ArtigosLeia o artigo de Fernando Baldin, country manager LATAM da AutomationEdge
Automatizar processos corporativos não é uma novidade. Essa jornada começou com a primeira implantação de sistemas no início da década de 80. Naquela época, a automação era restrita às áreas de tecnologia das empresas, com sistemas complexos e rígidos que exigiam equipes especializadas para desenvolvimento e manutenção. Entretanto, a partir de 2015, houve a adoção de ferramentas de “arrasta, solta e conecta”, hoje conhecidas como Low-Code/No-Code, que geraram uma revolução no setor, democratizando o acesso à automação e ampliando as possibilidades de otimização de processos.
Isto é porque com a evolução constante da tecnologia, a automação de processos empresariais se tornou cada vez mais acessível e diversificada. A introdução dessas ferramentas intuitivas permitiu que profissionais de diversas áreas, sem necessidade de conhecimentos profundos em tecnologia, pudessem criar e gerenciar automações. Isso transformou a maneira como as empresas operam, proporcionando maior agilidade e eficiência nas operações diárias. No entanto, nem toda automação faz sentido ser feita por interface, seja por questões de performance, risco ou segurança.
Além disso, a automação trouxe uma nova perspectiva sobre a gestão do tempo e dos recursos dentro das organizações. Com a capacidade de automatizar tarefas repetitivas e demoradas, as equipes podem direcionar seu foco para atividades estratégicas e inovadoras, impulsionando a produtividade e a competitividade. O impacto da automação não se limita apenas à eficiência operacional, mas também à qualidade dos serviços prestados, uma vez que processos automatizados tendem a ser mais consistentes e menos propensos a erros.
Dentro do mercado de automação, existem dois tipos macros de automações: ITPA (Automação de Processos de TI) e RPA (Automação Robótica de Processos). Cada um desses tipos tem características e aplicações específicas que atendem a diferentes necessidades empresariais.
ITPA (Automação de Processos de TI)
A ITPA é direcionada para automações de alto volume de transações ou para processos que exigem um controle maior sobre os resultados. Esse tipo de automação é ideal para operações complexas e críticas, onde a precisão e a confiabilidade são essenciais. Devido à sua natureza, os projetos de ITPA tendem a ter um tempo de implantação maior e uma complexidade elevada, geralmente requerendo alguns meses para serem bem-sucedidos. A vantagem da ITPA é a capacidade de gerenciar grandes volumes de dados e processos com muita personalização e controle.
Os projetos de ITPA frequentemente envolvem a integração de múltiplos sistemas e a necessidade de garantir que todos os componentes funcionem harmoniosamente. Isso pode incluir a automação de processos de TI, como gerenciamento de redes, monitoramento de sistemas, e resposta a incidentes. A robustez da ITPA a torna uma escolha ideal para grandes corporações que necessitam de soluções de automação escaláveis e confiáveis, especialmente em setores como finanças, saúde e telecomunicações, onde a precisão e a segurança são primordiais.
RPA (Automação Robótica de Processos)
Por outro lado, a RPA é projetada para ser implementada em um período muito mais curto, geralmente, em no máximo 90 dias. O RPA permite que os negócios comecem a sentir os benefícios da automação rapidamente, aliviando as equipes de tarefas repetitivas e permitindo que foquem em atividades de maior valor agregado. Com o RPA, os bots de software executam tarefas como um humano faria, interagindo com aplicações e sistemas existentes sem a necessidade de integrações complexas.
Por uma das maiores vantagens da RPA ser sua flexibilidade e facilidade de implantação. Empresas podem identificar rapidamente processos manuais que consomem tempo e recursos e automatizá-los usando bots que simulam as ações humanas, como entrada de dados, processamento de transações e comunicação entre sistemas. Essa agilidade permite que empresas de todos os tamanhos se beneficiem da automação, tornando-se mais eficientes e competitivas sem a necessidade de grandes investimentos em infraestrutura tecnológica.
Em resumo, enquanto a ITPA é voltada para automações robustas e de grande escala, a RPA oferece uma abordagem ágil e rápida para automação de processos, proporcionando resultados tangíveis em um curto período. A escolha entre ITPA e RPA depende das necessidades específicas da empresa, do volume de transações e do nível de controle desejado.
A decisão sobre qual abordagem adotar deve considerar uma análise cuidadosa dos objetivos de automação da empresa, os recursos disponíveis e o impacto esperado sobre os processos de negócio. Muitas organizações optam por uma combinação de ITPA e RPA, aproveitando o melhor de ambos os mundos para criar uma estratégia de automação abrangente e eficaz. Ao alinhar as capacidades de automação com as metas estratégicas da empresa, é possível alcançar uma transformação digital significativa e sustentável.
A revolução da automação corporativa continua a evoluir, trazendo novas ferramentas e técnicas que permitem às empresas se adaptarem e crescerem em um mercado cada vez mais competitivo. Portanto, com a automação se tornando mais acessível e versátil, as empresas têm a oportunidade de transformar seus processos, melhorar a eficiência e focar no que realmente importa: criar valor ao Cliente.
Perfil do autor
Fernando Baldin, country manager LATAM da AutomationEdge, é um profissional com sólida trajetória de mais de 25 anos de experiência nas áreas de Gerência Comercial, Direção de Recursos Humanos, Direção de Inovação e Direção de Operações. Durante sua carreira, ele demonstrou sua capacidade excepcional de liderar equipes e fornecer serviços corporativos de alto nível para grandes contas, incluindo nomes de destaque como Boticário, Honda, Elektro, C&C, Volvo, Danone, entre outros clientes de prestígio.
Ao longo de sua carreira, liderou projetos estratégicos de importância crítica, incluindo a criação do Modelo Financeiro para Controle por Contrato da Companhia, a estruturação do Planejamento Estratégico, o desenvolvimento do Modelo MEFOS (Lean) de Serviços e a implementação do Portal de Gestão do Conhecimento (KCS). Sua dedicação à inovação é uma constante, mantendo um olhar sempre atento às novas oportunidades e tendências do setor.
Fernando Baldin possui uma impressionante lista de certificações, incluindo ITIL Manager Certified V2, PAEX - FDC, ITIL V3 Expert e HDI KCS. Além disso, ele desempenha um papel importante como Membro do Strategic Advisory Board do Help Desk Institute, demonstrando seu compromisso contínuo em promover a excelência em atendimento ao cliente e práticas de gerenciamento de serviços.